quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Parem de falar mal da rotina!


Hoje eu gostaria de apresentar uma artista incrível que conheci há mais ou menos dois anos. Na verdade, já tinha visto ela na Tv como atriz, mas não sabia exatamente de quem se tratava. Ela é, além de atriz de Tv e cinema, poeta, escritora e compositora: Elisa Lucinda.
Tudo começou um dia como qualquer outro em que eu estava indo pra faculdade ouvindo rádio, quando peguei o finzinho de uma entrevista deliciosa de se escutar sobre como as pessoas falam mal da rotina. A entrevista estava falando, na verdade, de uma peça com o mesmo nome do livro "Parem de Falar Mal da Rotina", em que Elisa é atriz, roteirista e diretora. Parem não é uma peça convencional. Ela não estreia a cada temporada, ela estreia todos os dias. E é disso que o livro trata, basicamente. Que por mais que não sejamos capazes de perceber, cada dia é único e não existe um dia igual ao outro. E é preciso vivê-lo como único. É por trás dessa filosofia que a peça e o livro foram montados, uma consequência de uma forma nova de ver a vida.

A peça une histórias vividas e ouvidas por Elisa, como observadora do cotidiano, além dos poemas retirados dos livros “O Semelhante”, “Euteamo e sua estreias” e “A Fúria da Beleza”. O resultado são 56 personagens, dos quais ela faz uma mostragem de elogios à rotina, nos obrigando a nos observar de fora. Para que assim percebamos que “a rotina” é um personagem fictício que criamos, e que nós por sermos os sujeitos na ação, temos o poder da mudança; somos os diretores, atores, produtores e protagonistas das nossas próprias vidas. Fonte.



A peça estava correndo o Brasil em mais uma temporada (entre muitas) e infelizmente tinha acabado de passar pela minha cidade. Fiquei muito triste ao ouvir isso, mas como não tem como ficar triste ouvindo (ou lendo) as palavras da Elisa, me animei a comprar o livro. No mesmo dia comprei e li alguns capítulos. Me apaixonei completamente. Muito do que o livro trata vai diretamente de encontro com tudo o que acredito e o que quero levar pra minha vida, acho que foi um dos melhores investimentos financeiros dos últimos tempos. ;)



Tem um toque antropológico que eu adoro no livro. Ele nos incentiva a observarmos nossos próprios atos como se fosse alguém estranho, vendo de longe, e a observar os atos das outras pessoas à nossa volta como se fosse a primeira vez. Isso nos faz refletir muito sobre os nossos próprios valores e posturas, além de ressignificar nossos momentos de alegria e tristeza e o que buscamos da vida. Recomendo uma dose de Elisa Lucinda pra todo mundo todos os dias! ;)



A conta do sonho

Quanto custa um sonho?
Alguma coisa ele sempre custa,
muitas vezes muitas coisas ele custa,
outras vezes outros sonhos ele custa.
Não importam os percalços, os sacrifícios,
os espinhosos enredos.
Não importa, 
uma vez vivido,
o sonho está sempre num ótimo preço!

Elisa Lucinda.